GT24 - Populações tradicionais, processos
sociais e meio ambiente
Coordenação: José Glebson Vieira (UERN) e Francisca de Souza Miller (UFRN)
Política Nacional de Desenvolvimento
Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais: reordenamento jurídico e
políticas públicas. Mobilizações de populações tradicionais, regularização
fundiária e políticas públicas diferenciadas. Desenvolvimento, meio ambiente e
cultura. Regimes de territorialidades, produção e transmissão de saberes,
etnociências, políticas ambientais, projetos de desenvolvimento de manejo e
conservação e relação natureza e sociedade. Este GT tem como objetivo congregar
pesquisadores de diferentes áreas, que compõem as Ciências Sociais, e tenham
desenvolvido análises teóricas e empíricas sobre os processos e dinâmicas
sociais observados em grupos indígenas, quilombolas, pescadores, camponeses,
ribeirinhos, ciganos, dentre outros no norte e nordeste brasileiro. O GT
acolherá reflexões que explorem os desafios e perspectivas relativas à relação
entre desenvolvimento, meio ambiente e cultura, e que investiguem os modos de
vida dessas populações e produção de suas especificidades culturais, étnicas e
históricas, com foco nos regimes de territorialidade, produção e transmissão de
saberes tradicionais, etnociências, nos campos relacionais com seu entorno e
nos modos de construir e apreender as complexas e diversas relações entre
natureza e sociedade.
MR06 - OS DESAFIOS DA PESCA TRADICIONAL:
CONTINUIDADES E MUDANÇAS
Coordenação: Lourdes Gonçalves Furtado (UFPA), Cristiano Wellington Noberto Ramalho (UFS)
Francisca de Souza Miller (UFRN) e Simone Carneiro Maldonado (UFPB)
A pesca artesanal consiste em importante
fonte de alimento e renda para muitas populações humanas das áreas costeiras e
fluviais do Brasil (BAYLEY e PETRERE JR., 1989).É, também, uma das atividades
extrativas mais tradicionais presente nas regiões brasileiras, pois tem grande
relação com os processos culturais de populações que se apropriam da
diversidade de seus ambientes aquáticos – mar, rios, lagos, igarapés, igapós –
e de seus recursos, imprimindo-lhes um significado que dentro de uma lógica
própria de sociedades caboclas, alicerça sua vida material e imaterial. Porém,
muitas práticas culturais vêm sendo diluídas, ou mesmo perdidas, em sociedades
tradicionais. Segundo Berkes (1999), a perda do conhecimento tradicional tem
sido atribuída às inovações tecnológicas, às pressões devido ao crescimento
populacional, à quebra dos sistemas tradicionais sociais, à perda do controle
das populações locais sobre áreas e recursos, e às mudanças de visão devido à
urbanização, ou seja, essa atividade não fugiu à regra e foi inserida nos
processos de transformação ocasionados pela modernidade, porém, pesquisas
indicam que apesar de toda a intensidade dessa modernização, tradições
resistem. Aliados a esse processo, uma maior influência de movimentos sociais
na atividade pesqueira e a participação mais intensa de mulheres vem
ocasionando alterações significativas nessa atividade. Em virtude disso, a
presente proposta de Mesa-Redonda, então, tem como objetivo discutir, através
de relatos de pesquisas, os processos de mudanças e continuidades relativos à
pesca artesanal. Pesquisadores das regiões Nordeste e Norte farão exposições de
suas pesquisas, com temas variados, porém, relacionados à temática em questão,
a fim de nortear as discussões a serem realizadas nessa Mesa-Redonda.
Postado por
Cláudio Rogério
Bolsista ETAPA
UFRN